Seu Depoimento Aqui

sexta-feira, abril 30, 2010

Telenovela "Viver a vida" mostra alienação parental

Gosto de novelas e de cinema. As novelas brasileiras têm dado suas contribuições à sociedade, seja informando, seja defendendo bandeiras, sendo mostrando cenas da vida real na televisão. A novela das 21h da TV Globo no ar neste ano, "Viver a vida" está enfocando vários problemas contemporâneos de grande repercussão, como acessibilidade a pessoas com necessidades especiais, problemas de saúde como anorexia alcoólica, entre outros. A alienação parental também teve sua aparição no horário nobre televisivo. Mostra uma mãe (Sílvia, vivida por Patrícia Naves) que envenenou o filho contra o pai a vida inteira,omitindo fatos que poderiam revelar a paternidade da personagem Marcos (vivido por José Mayer).
Por sua vez, parece que Marcos não assumirá o outro filho com Dora (Giovana Antonelli), assim como fez com Bruno (Thiago Lacerda), o que pode ser visto como um exemplo de repetição da alienação parental em uma família.
Até cenas do próximo capítulo, porque a vida real nos chama!
Sou mãe

quinta-feira, abril 29, 2010

Não estamos sós

Não, não é papo de extraterrestre. É muito bom saber que tenho semelhantes, que frases ouvidas e faladas por mim ou por meu filho foram também ditas por outras pessoas que estão vivendo AP. Anteontem, contando para um pai alienado (como é estranho escrever isto!), o que ouvi de meu pai há seis anos atrás ele disse: exatamente o que diz a minha família. Muitas vezes vi o olhar de dúvida no meu interlocutor... Muitas vezes ouvi "deixa pra lá, vai viver tua vida, esquece este filho, vai formar outra família"... Muitas vezes ouvi "o tempo tudo acalma, quando amadurecer ele vai entender"... Quantas vezes me senti incompreendida, sem rumo, sem vontade de viver, duvidando até da minha sanidade... É, amigos, há nove anos atrás o que eu vivia não tinha nome, e, se hoje, com Internet, informações circulando rapidamente, muita gente não sabe "dar nomes aos bois", imaginem há quase uma década atrás! É, amigos, o tempo acalma realmente, mas agora vou trabalhar para que menos mães, pais e filhos tenham que ver o tempo passando e sentindo-se impotentes diante da alienação parental. Sou mãe

quarta-feira, abril 28, 2010

Paciência, muita paciência

Ontem, 27-4-10, assisti a um painel sobre alienação parental na Semana de Direitos Humanos na UFRGS e, antes das falas, foi mostrado o documentário "A Morte Inventada" roteiro e direção de Alan Minas e produção de Daniela Vitorino.
Foi emocionante... A platéia ficou em silêncio pelo choque de assistir a depoimentos de filhos vítimas de AP e eu, bem, mais uma vez me emocionei.
Pelas palavras, pelas imagens, por reviver dores que não são apagadas, apenas diminuídas. Mas principalmente por ver a dor de filhos adultos, com dificuldades de levar as suas vidas em paz com seus genitores, consigo mesmos e ainda com medo de repetir com seus filhos as suas tristes histórias.
Fabrício Carpinejar, um dos palestrantes, deixou algumas frases que ficaram martelando na minha cabeça (desculpa se não estou sendo 100% fiel às suas palavras, caro escritor!):
"Interromper a vingança. Esquecer o passado. Recomeçar daqui pra frente."
"Fortalecer laços de irmãos, para que eles possam se 'defender' dos pais."
"A gente [pais] quer reconhecimento. É preciso ser invisível como pai e mãe."
"Meu pai teve muita paciência comigo."
"Os pais são subestimados na justiça e não podem repetir com os filhos."
"Se elas [filhas que deram depoimentos no filme 'A Morte Inventada'] não tivessem ido atrás dos pais, rompendo com as mães, eles talvez estivessem ainda esperando pelo respeito aos seus direitos.
"O 'coitadismo' também é uma forma de vingança contra o alienador ."
Sou mãe

terça-feira, abril 27, 2010

Artigo em Zero Hora 26-4-2010 sobre AP

Publicado em jornal Zero Hora, Porto Alegre, 26 de abril de 2010 | N° 16317 Obs.: Grifo nosso e omissões no texto original estão assinaladas com [...] 26 de abril de 2010 | N° 16317 ARTIGOS Alienação parental: a discussão está aberta, por Paulo Paim* O número é estarrecedor: o Brasil tem cerca de 10 milhões de crianças e adolescentes vítimas de alienação parental. Mas o que é isso mesmo? Em linhas gerais, é quando um dos pais (ou dos detentores da guarda) prejudica o estabelecimento ou a manutenção de vínculos com as crianças ou adolescentes. É claro que o assunto é muito mais complexo. Tanto que a Associação de Pais e Mães Separados (Apase) enviou proposta de projeto de lei para o Congresso Nacional. A matéria já foi aprovada na Câmara. E agora tramita no Senado com minha relatoria. [...] Conforme a Apase, pais separados em conflito prejudicam os filhos desde a mais tenra idade. Desde os dois anos e meio, a criança começa a perceber o confronto que há entre o casal. Isso vai afetando o crescimento das crianças de diversas formas. Elas perdem o interesse nas aulas, afastam-se de coleguinhas, algumas fogem de casa, o que, em casos mais extremos e não raros, pode as levar para drogas e exploração sexual. A síndrome da alienação parental afeta tanto pais quanto filhos. O que evita que tenhamos crianças expostas a essa situação é a consciência dos pais. Esse é o fator principal, porém, nem sempre isso acontece. Os pais ou responsáveis que praticam a alienação nem sempre têm consciência do que estão fazendo. Creio que o assunto precisa ser divulgado e a lei aprovada. [...] O que costumo dizer é que a lei é um dos meios que podemos utilizar para chamar atenção para determinado ponto. O projeto visa inibir a alienação. [...] Outro ponto no texto prevê ainda que a Justiça possa determinar acompanhamento psicológico de pais e filhos ou impor multa ao genitor que cause alienação parental. Estamos dando o primeiro passo para que o Estado brasileiro reconheça esse mal e, num segundo momento, também seja parceiro das pessoas na busca de soluções para esse problema. *SENADOR (PT-RS)

segunda-feira, abril 26, 2010

Preparando espaço para depoimentos

Estou participando de uma "Semana de Direitos Humanos - cidadania e acesso à justiça" promovida pelo SAJU/UFRGS e o meu dia foi realmente cheio hoje. Antes do dia terminar quero deixar um recado com um comprometimento e um pedido de ajuda: vou criar no blog espaços para que pai alienado, pai alienador, mãe alienada, mãe alienadora, filho vítima, avós, tios, amigos possam deixar seus testemunhos e vivências pessoais. Importante: o respeito à pessoa e à vida serão preservados neste blog, por princípios pessoais e universais na defesa dos direitos humanos. Aguardem e participem! Sou mãe

domingo, abril 25, 2010

Dia feliz!

Hoje, 25 de abril, foi um dia muito especial, gratificante e feliz, porque conheci um grupo de pessoas engajadas na luta contra a alienação parental; distribuímos panfletos no Parque da Redenção, conversei e troquei idéias sobre o blog, site, palestras, etc. Foi interessante perceber, na maioria das pessoas, o desconhecimento sobre o termo "alienação parental". Confesso que acho este termo ruim, porque apesar de ser específico, necessita de explicação. Espero que com o tempo a gente possa ir se acostumando e digerindo, com o conhecimento através de exemplos próximos, que certamente vão aumentar com discussões cada vez mais freqüentes sobre o tema. A cada panfleto entregue, perguntava se a pessoa já havia ouvido falar ou sabia o que significava alienação parental. 99% das respostas era um movimento negativo com a cabeça ou um rosto de indagação. Explicava rapidamente e aí ouvia um "ah!". Acredito que com o tempo muita gente vai reconhecer casos de AP em sua rede de contatos no trabalho, em família, em grupos de amigos, em reportagens nos meios de comunicação. Olhem no sítio criado por Sérgio Moura fotos e notícias sobre o dia 25 de abril de 2010, dia internacional de conscientização contra a AP: www.criancafelizrs.com Ao grupo, obrigada pela receptividade com que fui recebida! Ao Sérgio Moura, obrigada por criar mais um importante "atalho" para um mundo melhor! Sou mãe

sábado, abril 24, 2010

Alegria de ser mãe

Mais um presente ganhei hoje: contei para o meu filho da minha participação na campanha de conscientização a favor da igualdade parental. Fiquei apreensiva, pensei que talvez ele não gostasse, mostrei a camiseta que eu mesma fiz (eeehhhhh!!!!) e mais uma vez ele mostrou o quanto ele é um cara legal: me deu força, talvez até vá na Redenção amanhã! Estou muito contente e fortalecida para continuar nesta longa caminhada! Sou mãe

sexta-feira, abril 23, 2010

Contato com outras pessoas na luta contra a Alienação Parental

Estou aprendendo muito a cada dia, envolvida como blogueira e como batalhadora na luta contra a alienação parental. Tenho recebido e-mails com notícias ligadas ao tema, e confesso que estou assustada com duas situações: - com a ignorância sobre o assunto, pessoas que têm estudo, bem informadas, que realmente não identificam genitores ou filhos envolvidos em uma situação de AP; - a preocupante percepção individualista de quem está envolvido mais diretamente com a AP. Na ânsia de resolver o problema, algumas pessoas julgam rápida e superficialmente, condenando o (provável) alienador de forma às vezes até leviana. Imagino o quanto vai ser difícil a aplicação da lei e a formação de jurisprudência sobre o tema. Equipes multidisciplinares deverão ser bem preparadas para lidar com cada caso e suas especificidades. O afastamento de pai OU mãe é sempre danosa para os filhos, e a nossa luta deve ir por este caminho: a orientação, a conscientização de pais, mães, avós, familiares para que seja detectada precocemente a alienação e tratada a FAMÍLIA como um todo, evitando-se apontar culpados.
Na alienação, não importa a "pena" a que vai ser condenado o alienador, mas sim, a PROTEÇÃO da criança, do adolescente, do jovem, das vidas futuras que serão abaladas pelas conseqüências emocionais advindas do afastamento do filho de parte de sua família.
Pensando bem, acho que o sofrimento da alienação pode paralisar ou fazer retroceder vidas, mas a vingança, com certeza, não vai ajudar a resolver o problema. Sou mãe

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