Ontem, 27-4-10, assisti a um painel sobre alienação parental na Semana de Direitos Humanos na UFRGS e, antes das falas, foi mostrado o documentário "A Morte Inventada" roteiro e direção de Alan Minas e produção de Daniela Vitorino.
Foi emocionante... A platéia ficou em silêncio pelo choque de assistir a depoimentos de filhos vítimas de AP e eu, bem, mais uma vez me emocionei.
Pelas palavras, pelas imagens, por reviver dores que não são apagadas, apenas diminuídas. Mas principalmente por ver a dor de filhos adultos, com dificuldades de levar as suas vidas em paz com seus genitores, consigo mesmos e ainda com medo de repetir com seus filhos as suas tristes histórias.
Fabrício Carpinejar, um dos palestrantes, deixou algumas frases que ficaram martelando na minha cabeça (desculpa se não estou sendo 100% fiel às suas palavras, caro escritor!):
"Interromper a vingança. Esquecer o passado. Recomeçar daqui pra frente."
"Fortalecer laços de irmãos, para que eles possam se 'defender' dos pais."
"A gente [pais] quer reconhecimento. É preciso ser invisível como pai e mãe."
"Meu pai teve muita paciência comigo."
"Os pais são subestimados na justiça e não podem repetir com os filhos."
"Se elas [filhas que deram depoimentos no filme 'A Morte Inventada'] não tivessem ido atrás dos pais, rompendo com as mães, eles talvez estivessem ainda esperando pelo respeito aos seus direitos.
"O 'coitadismo' também é uma forma de vingança contra o alienador ."
Sou mãe